Publicado em: quarta, 07 de abril de 2021 às 09:16
Sindtur e Sindicato dos Trabalhadores assinam acordo para manter empregos
Termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho prevê redução da carga horária e salários
O Sindtur Serra Gaúcha e o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro de Gramado assinaram na última semana um Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho que tem validade para os segmentos da hotelaria e gastronomia do Município.
Com o acordo assinado, três foram os pontos principais que englobam este acordo
- Redução de jornada: ficou definida a possibilidade de redução salarial na ordem de 25%;
- Banco de Horas: ficou ajustada a extensão da possibilidade da compensação até o dia 31 de outubro deste ano;
- Taxa de Serviço: deverá ser mantida a divisão normal, independente de sofrer uma redução de jornada.
O documento de ajuste foi assinado pelo presidente do Sindtur, Mauro Salles, pelo procurador da entidade, advogado Alessandro de Oliveira, pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Hoteleiro de Gramado, Rodrigo Callais, e pelo procurador, advogado Luiz Mirapalhete.
“O objetivo é salvar empregos”, diz sindicalista
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Rodrigo Callais, afirma que a entidade relutava em alterar os termos da atual Convenção Coletiva de Trabalho. Mas o agravamento da crise motivou a concordância. “O objetivo é salvar empregos, garantir postos de trabalho. No início da pandemia, em dois meses tivemos mais de 1000 demissões. Agora estamos vendo que esse cenário pode se repetir se alguma atitude não for tomada, Neste sentido foi realizado o acordo”, afirma Rodrigo Callais. Ele lembra que o acordo garante a manutenção do emprego durante o período em que estiver em redução e por igual período quando voltar a carga horária normal. Pode ser aplicado por no máximo três meses e fica proibida a realização de horas extras caso esteja em redução.
Os segmentos da hotelaria e gastronomia contam com 3.500 trabalhadores. Desde o início da pandemia, mais de mil vagas foram foram fechadas. “Esperamos, com isso, manter os empregos dos trabalhadores e trabalhadoras desta categoria que está sendo uma das mais atingidas pela crise”, conclui Callais.