Blog Ilton Muller

Preço da gasolina ultrapassa os 6 reais em Gramado

Sindipetro diz que revendedores são os menos culpados pelo preço final

Os moradores de Gramado e Canela têm se assustado com os preços dos combustíveis nas duas cidades, ao compararem com os valores praticados em cidades próximas, como Três Coroas e Igrejinha, que são inferiores aos daqui. Levantamento feito pela jornalista Fernanda Fauth (blog Por Gramado) indica que nesta quinta-feira, dia 25, os preços da gasolina aditivada em sete postos de Gramado estavam entre R$ 5,79 e R$ 6,149, diferença de 36 centavos por litro. A comum ficava entre R$ 5,66 e R$ 5,89. Já em Canela os preços se assemelham, ficando entre R$ 5,91 (comum mais barata) e R$ 5,99 (a aditivada mais cara). O blog Por Gramado apurou, ainda, que em Igrejinha, cerca de 32 quilômetros distante do município da Serra, os preços variam entre R$ 5,17 (comum) e R$ 5,29 (aditivada).
Para investigar a possível existência de preço abusivo ou formação de cartel, está em andamento no Ministério Público de Gramado um Inquérito Civil de Defesa do Consumidor. Segundo o promotor Max Guazelli,  o inquérito “ainda está inconclusivo diante da necessidade de obtenção de grande volume de documentos e sua apuração por unidade contábil". Já em Canela, em 2019, um inquérito civil, que tramitou na Promotoria de Justiça do município, após diversas diligências, afastou a possibilidade de formação de cartel na cidade.

Revendedores não são culpados, diz Sindipetro Serra

Para Eduardo D´Agostini Martins, presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis da Serra – Sindipetro (que abrange 50 cidades), são muitas as variáveis que formam o preço final do combustível. Os motivos que influenciam na formação do preço final, segundo ele, podem ser a localização (“um posto de beira de estrada vende milhões de litros e um de área urbana pode vender bem menos”, exemplificou); valor do aluguel (“que em Gramado deve ser bem caro”, comentou); número de funcionários e também a existência de contrato de exclusividade com a distribuidora. “São diversos fatores que formam o preço final”, frisou.
Hoje, conforme o presidente e dados do governo federal, 46% do preço da gasolina é referente à impostos, e que a revenda tem margem máxima de 9,8%. Eduardo acrescenta que não se debate a política de preços da Petrobras e nem o comportamento das distribuidoras. “Enquanto só se compara o preço entre as cidades, a gente só está jogando a culpa em quem menos tem, que é o revendedor”, destaca.

 

Texto: Ilton Muller e Fernanda Fauth

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